Este texto destaca dois personagens além de Jesus, são eles: o fariseu e a pecadora. Nesta passagem Jesus revela qual é a atitude que Lhe agrada e que espera daqueles que O buscam e O amam. Ao contrário do que muitos pensam, Jesus não está à procura de religiosos, que se acham perfeitos e incapazes de errar. Ele está procurando adoradores, que reconhecem que falham, mas que querem mudar para melhor e que reconhecem que pecisam de Jesus para alcançar este propósito. Vejamos o caso dos dois personagens que nos servirão de exemplo para afirmarmos esta linha de pensamento.
O Fariseu (Simão) - Ele cumpria o formalismo dos rituais religiosos. Contudo não sabia honrar um convidado, principalmente, quando se tratava do Messias. Conhecia as tradições, mas não às praticava. Foi incapaz de perceber que estava diante do próprio Deus. Era legalista, ou seja, seguia a Lei Mosaica, mesmo assim julgava a Deus e fazia acepção de pessoas; Por certo deveria acreditar que era perfeito e isento de pecado por ser um religioso. Por isso, foi incapaz de aproveitar a oportunidade para se arrepender dos seus pecados, reverenciar, honrar Jesus e adorá-Lo. Com todo o seu conhecimento das Escrituras e serviços religiosos, não conhecia em profundidade os propósitos do Deus ao qual servia. Sua experiência com Deus era apenas teórica e não prática. Media Deus a partir dos seus pensamentos limitados. Achando que Deus se resumia ao que ele havia aprendido. Não fez nada para agradar a Jesus e ainda assim, sensurou quem fez. Compreendeu a parábola, mas não tinha um coração agradecido, nem cheio de amor à Deus. Achou que fez muito para Deus. Porém, seu ato não foi considerado por Ele exemplo à ser seguido, nem tão pouco registrado como digno para um seguidor de Cristo.
A Pecadora - Seu nome não é mencionado, provavelmente por que poderia ser qualquer um de nós em sua condição de pecadora. Seu nome não é importante mas a sua ação. Esta sim deve ser lembrada e seguida, o que infelizmente tem sido raro em nossos dias. Mas, esta mulher mostra o outro lado da moeda. De onde menos se esperava, surgiu um procedimento que surpreendeu a todos e que foi considerado por Deus digno de ser registrado na história e destacado como um modelo a ser copiado por todos. Era um verdadeiro diamante bruto a reluzir em meio a rocha, revelando o que um ser humano agradecido, humilde, simples, quebrantado e cheio de amor é capaz de fazer, em reconhecimento ao que recebeu. Por entender que nada tinha de bom em si mesma, que não era merecedora de nada e que não podia contar com a ajuda de ninguém para mudar a sua situação. A pecadora entrou na presença de Jesus com ousadia, mas consciente de qual era o seu lugar (pecadora e necessitada) . Ela foi sensível para perceber que não estava diante de um ser humano comum, mas diante do Salvador. Àquele que podia perdoá-la, mudar a sua história e creu nisso. Deu o seu melhor. O que tinha de mais caro e não desistiu do seu ato de adoração mesmo diante das críticas. Demonstrou os seus sentimentos diante de Deus e dos demais presentes sem reservas, assim como mostrou em ações a sua profunda gratidão e amor. Ela não tinha uma religião. Contudo, tinha fé e a praticou, enchergando o sentido maior desta fé em Jesus Cristo. Seu ofício era a prostituição e esta foi capaz de deixar os prazeres da carne para ser seguidora do Messias. Ela adorou antes mesmo de saber qual seria a reação da parte de Jesus e com isso teve seus pecados perdoados, foi salva, passou a ser filha de Deus e herdou a vida eterna.
Estes dois personagens bíblicos nos levam a pensar: qual tem sido a nossa atitude? Estamos mais preocupados em sermos meros religiosos, que muitas vezes falam e cobram dos outros o que nem mesmo praticamos? ou somos capazes de enchergar que precisamos olhar para dentro de nós e reconhecer que ainda há muito à ser transformado e deixar que o Senhor continue este processo de aperfeiçoamento em nós?. Precisamos dar o primeiro passo o tirar a trava dos nossos olhos e admitirmos que nada somos e nada podemos sem Deus e que somos carentes e necessitados do Seu perdão. Devemos buscar a Deus pelos motivos certos, que são: por amor, por gratidão, para adorá-Lo. Enfim, para engrandecer o Seu Nome e não apenas para ter os nossos desejos e necessidades satisfeitos. Isto será uma consequência do Seu amor por nós. Afinal, o que queremos deixar registrado no coração do Senhor? O que queremos que fique registrado nos anais da nossa história? O fariseu teve o seu nome citado para sua vergonha, enquanto a pecadora, foi lembrada por suas ações, para a glória de Deus. A escolha é nossa. Só depende de nós.
Inspiração do Trono de Deus
Gianna Carla
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